Após a apresentação das companheiras, abriu-se espaço para algumas intervenções e lá fui eu contar sobre o machismo que eu enfrentei e enfrento por ter optado por uma profissão que tem a sua maioria, trabalhadores homens. Logo eu que morro de vergonha de falar em público, comecei comentando sobre o quanto a falta de creches públicas me afeta.
Meu companheiro trabalha e 'traz' o sustento da casa. Mas e eu? Sou eletrotécnica além de mãe do Gui full time. Preciso voltar ao mercado e infelizmente essa profissão é muito machista. Apesar de ter experiência na área, sempre me sobra o salário mais baixo, ou a vaga de auxiliar de eletricista.
No primeiro emprego, um amigo que começou junto comigo ganhava 100 reais a mais que eu, sem ter nenhum curso ou experiência. Eu era formada pelo Senai. Mas como sou mulher... Trabalho igual = salário igual??????
As creches particulares custam ozóios da cara e a maioria das oportunidades de emprego que pintam não pagam o preço de por exemplo de 8 horas que o Gui precisaria ficar.
E o que fazer???
No trabalho do meu companheiro as funcionárias tem direito à um auxílio creche, mas ele não. Ora, ele tem um filho que está sendo cuidado pela companheira, ele também precisa desse auxílio creche. Seria muito mais fácil voltar a trabalhar mesmo com um salário rebaixado se houvesse essa ajuda. Estaria pelo menos inserida no mercado de trabalho.
E foi isso, falei um pouco sobre isso. Fiquei mega suada, tremia toda só para soltar meia dúzia de palavras. Eu ainda tentei me inscrever novamente para intervir sobre a violência obstétrica mas eu não ia conseguir. Agora na próxima vez vou me concentrar para não passar vergonha.
Gui como sempre tocou o zaralho no debate!
Fala sério Beca, você tem é história para contar!!!
ResponderExcluirPor isso que adoro isso aqui.
Maior faladeira e envergonhada ao falar em público? Jura? Não acredito!!!!!!!
beijos, Denise