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quinta-feira, 11 de abril de 2013

no 'passin'...

Ontem precisei levar o Gui na PED por ter tido febre durante o final de semana onde contei aqui. O horário da nossa consulta era às 16h. Como sempre, chegamos no horário e tivemos que esperar mais de 1hora e 30 minutos. A sala da recepção é um ovo. Mas tão apertada que cabem apenas 4 adultos sentados. 80% das vezes fui sozinha com o Gui, mas vejo muitas mães, pais, avós, babás..., a maioria acaba aguardando no corredor. Foi A barbárie!!!

A minha sorte que dessa vez o Gui caiu dentro do sling, mamicou e dormiu o tempo inteiro.

Bati altos papos com uma das mães. Ela ficou encantada por eu ainda amamentá-lo, prestes a completar 3 anos. E contou que por ter precisado operar e ficar um bom tempo internada, parou de amamentar sua filha com 2 anos e 3 meses. Eu acho que ela amamentou um período muito bom, mas enfim, ela não queria ter parado e tal.

Conversamos também sobre parto. Ela me falou que tinha pavor de parto normal e que nem cogitou a possibilidade. Segundo ela, desmaia por qualquer coisa e muitas vezes tem convulsão... então morria de medo de ter que passar por um trabalho de parto, desmaiar e ... mas também morria de medo da cesária, do corte, de não participar do nascimento em si, e da falta de protagonismo dela durante a cirurgia... a verdade é que ela morria de medo da hora do parto, independente da via de nascimento.

O obstétra por sua vez, adorou esse medo dela e numa das consultas do pré natal já chegou falando que ela daria muito trabalho à ele se ela insistisse em um parto normal, pois ela iria desmaiar com certeza e o que ele ia fazer num momento desses? Colocou um terror na cabeça dela que ao me contar sobre o que era um parto normal, eu fiquei impressionada com a quantidade de baboseira que ele falou.

A velha história dos mitos... e eu não poderia perder a oportunidade de contar para ela um outro ponto de vista, baseado em evidências científicas. Falei um pouco o estado da nossa saúde pública e particular. Dos maus tratos que muitas mulheres recebem ... que inclusive fere os direitos humanos. Concordou com os riscos sérios que uma cesária mal indicada pode causar. Enfim, mostrei um outro lado à ela. Não sei se na próxima gestação era optará por um parto natural, mas pelo menos ela já sabe como que a situação está. Contei que quinzenalmente um grupo de apoio às gestantes, mulheres, homens... se reunem para trocar informações baseadas em evidências científicas... blábláblá... trocamos email, telefone e se tudo der certo, ela irá ao próximo encontro do Ishtar-Tijuca.

É assim, só no 'passin', no 'passin' de formiguinha...

quarta-feira, 3 de abril de 2013

bate papo em Manguinhos

Então...

preciso contar uma coisa... estou com várias postagens no rascunho pois como rolou uma preguiça no início do ano, eu começava e batia aquela 'pregui'... postarei tudinho nesse mês de abril

lá vai, #tudonosmíííínimosdetalhes

Tenho um primo professor de Geografia que tem uma amiga professora de Sociologia e eles dão aula em uma ONG RedeCCAP localizada na favela de Manguinhos. Durante o mês de Março, essa professora veio trabalhando temas relacionados à mulher. 

Comentou com meu primo que trataria do tema sobre o machismo que algumas mulheres sofreram ou sofrem em profissões que são digamos assim predominantemente masculinas. Ele imediatamente lembrou de mim... que me ligou fazendo uma proposta de ir à aula dela contar um pouco da minha história com a turma. 

Logo eu???? Morro de vergonha de falar em público. Juro!!!

A professora entrou em contato comigo explicando que seria um bate papo, que eu não precisava ficar envergonhada, que a turma era bem tranquila e que outras duas mulheres também iriam participar (motorista de ônibus e chefe de obra). Rolou um alívio, já pensei logo em ser a última a falar.

Bem, elas faltaram e quando vi que as atenções seriam somente para o meu lindo ser, entrei em pânico e já cheguei logo falando para a turma de Educação de Jovens e Adultos (EJA) pegarem leve com as perguntas hahahaha pronto, a Rebeca tímida deu uma relaxada.

Comecei contando desde quando comecei a estudar elétrica no Senai. Era a única mulher da turma. O professor de início não curtiu a minha presença. A minha sorte, foi que fiz o curso junto de outros 3 amigos, inclusive o Rafa que na época era namorado. Houve preconceito sim, mas a maioria eram 'brincadeiras leves' que eles mesmo denominavam, já eu não, aquilo era machismo. Precisei me esforçar bastante para compreender a matéria já que física nunca tinha sido o meu forte, tanto que optei por fazer faculdade de Pedagogia. Abafa!

No final dos 3 cursos básicos de elétrica, consegui respeito e admiração por parte dos 'coleguinhas'. Era empenhada nas aulas práticas e me identifiquei pra caramba com o curso.

Pronto, eu agora era uma eletricista.

Um outro amigo mecânico arrumou um bico de eletricista num barracão de escola de samba. E me chamou para tentar uma vaga lá. O patrão não acreditou que eu tinha feito 3 cursos no Senai, e aquilo me incomodou muito pois o meu amigo não precisou provar nada. Foi contratado e ainda por cima recebendo um salário maior do que o meu. #chatiada

 Fui competente e nunca tive vergonha de pedir ajuda quando não tinha certeza de como executar alguma tarefa. Conseguimos colocar uma outra amiga eletricista para trabalhar conosco. O fato de ter conseguido outra mulher trabalhando num ambiente lotado de 'macho' foi a minha primeira vitória. Saí de lá respeitada também.

Acabou o carnaval assim como o nosso contrato. :( Mas em duas semanas eu e mais 2 meninas, fora os nossos outros amigos conseguimos emprego em uma terceirizada da distribuidora de energia da cidade do RJ, para realizarmos reforma nas instalações elétricas residenciais em comunidades. O nosso salário também era rebaixado e nossa vaga não era de eletricista e sim de ajudante. Sendo que as 3 mulheres eram as únicas que tinham certificado. Os outros que ganhavam o salário de um eletricista, só sabiam que juntando esse fio nesse dava isso. Se o fio fosse diferente, Gêzuis!

Além da desconfiança pelo nosso trabalho, enfrentávamos piadinhas escrotas dos outros funcionários e o pior de tudo, era o preconceito vindo das próprias mulheres donas das casas que íamos reformar. Aquilo me irritava profundamente. Algumas eram bem curiosas e interessadas. Outras até se inscreveram em cursos profissionalizantes da Rede Faetec. Sei lá, por um lado foi bom. No final de cada reforma eu recebia sempre um agrado, seja um cafezinho, um bolo... chocolate... saía de cada casa com aquela sensação de dever cumprido.

O meu uniforme era igual ao dos homens. Calça de brim larguinha e camiseta normal. Eu me sentia a vontade em trabalhar com essa roupa. Nunca passei por nenhuma situação embaraçosa, ainda bem. Mas quando eu estava reformando a casa de homens que você via de cara ele olhando e encarando como quem está de comendo com o olhar, sabe #nojo eu muitas vezes dava a entender que não 'curtia' homens, se é que vocês me entendem... pronto, logo desviavam o olhar.

E papo vai papo vem, a turma fez várias perguntas. Consegui respondê-los numa boa.

A maioria da turma era composta por mulheres mais velhas do que eu inclusive que deram depoimento da visão sobre o machismo que sofrem em casa, locais de trabalho.

O único garoto que estava participando da aula toda hora mexia a cabeça como se não estivesse concordando comigo.

Aí o deixei bem sem graça. Comentei com a professora na frente da turma que um carinha não estava gostando de mim. A turma inteira riu. E ele inclusive. Tentei esclarecer para ele que infelizmente a nossa sociedade é extremamente machista, e que as mulheres tem sim total condição de trabalhar em qualquer área e que é muito injusto ter o trabalho igual ao do homem e não ter o mesmo salário.

E ele concordou que isso realmente não era legal.

Depois me perguntaram sobre a volta ao mercado depois da maternidade. E expliquei que nunca imaginei que seria tão difícil. Dois anos tentando voltar à trabalhar como eletricista e a cada dia que passa mais me desestimulo.

Contei da última entrevista que fiz à uma empresa lá do cais do Porto, para a vaga de eletricista de manutenção de guindaste. No teste, conversei com o supervisor e contei das dificuldades que eu estava tendo para voltar à trabalhar, a primeira era o salário rebaixado por ser mulher consequentemente não conseguindo pagar a creche (12h) e ele concordou que há sim um preconceito, mas que ele não vê problema nenhum, inclusive, todas as mulheres que trabalharam com ele sempre foram muito dedicadas e faziam um trabalho bem feito. Bem, elas fazem isso para poder sobreviverem nesse mercado, néam??? Mas me daria uma chance de pelo menos ter na carteira o cargo de eletricista e não de ajudante. Pois bem, dois meses se passaram e recebi uma ligação convocando para o acerto de contas. Fui lá toda crente que estava bafando e o engenheiro responsável já chegou avisando que a minha vaga seria de ajudante, com o salário bem mais rebaixado. Que no meu curriculo tinha uma quantidade boa de cursos, mas a maioria de 100h, 200h, 300h. Que seria legal eu ter um curso com mais de 1000h. Perguntei se o curso técnico não servia, já que tem muito mais de 1000h. Ele ficou super sem graça. Depois deu a desculpa que estou muito tempo parada, e perguntou o porque. Expliquei que precisei parar por um ano para cuidar do filho que tinha nascido. E que estava a dois anos tentando voltar, mas o preconceito era muito grande e ninguém me dava oportunidade para voltar. Pedi para dar a resposta no dia seguinte, porque o salário não pagava as 12h que o Gui precisaria ficar na creche. Consegui desconto de 50% com a diretora maravilhosa e linda da escola do Gui e retornei a ligação para dizer um belo de um SIM à vaga escrota que ele me ofereceu. Apenas para não ficar parada.

Acreditem...ele queria achar pêlo em ovo. Me ofereceu 2 horários que não daria para levar o Gui na escola e chegar no trabalho a tempo e no outro horário não daria para buscá-lo. Os horários do marido também não dá, trabalha lá na conchinchina. Ou seja, o phéla da Phut@ não queria me dar o emprego de jeito nenhum e conseguiu.

As alunas ficaram revoltadas com essa situação, mas infelizmente é assim.

Estou naquele desespero sabe, uma tristeza sem fim. Até abandonei o blog um pouco por causa dessa situação. Me sinto uma inútil sabe. Odeio depender de 'homi'.

Depois meu primo contou que a turma gostou muito de mim e estou tentando agora marcar um outro bate papo sobre violência obstétrica. No final da aula conversei com uma aluna gestante sobre parto, mas ela tem pavor de cesária, mas não sabia da violência obstétrica, achava que era normal, não sabia do direito à acompanhante... é o bate papo foi muito bom.

:)

segunda-feira, 1 de abril de 2013

debate

Semana passada rolou um debate sobre a " A origem do machismo e suas consequências nos dias atuais" organizado pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados da regional Caxias/RJ e lá fomos nós novamente.

Após a apresentação das companheiras, abriu-se espaço para algumas intervenções e lá fui eu contar sobre o machismo que eu enfrentei e enfrento por ter optado por uma profissão que tem a sua maioria, trabalhadores homens. Logo eu que morro de vergonha de falar em público, comecei comentando sobre o quanto a falta de creches públicas me afeta.

Meu companheiro trabalha e 'traz' o sustento da casa. Mas e eu? Sou eletrotécnica além de mãe do Gui full time. Preciso voltar ao mercado e infelizmente essa profissão é muito machista. Apesar de ter experiência na área, sempre me sobra o salário mais baixo, ou a vaga de auxiliar de eletricista.

No primeiro emprego, um amigo que começou junto comigo ganhava 100 reais a mais que eu, sem ter nenhum curso ou experiência. Eu era formada pelo Senai. Mas como sou mulher... Trabalho igual = salário igual??????

As creches particulares custam ozóios da cara e a maioria das oportunidades de emprego que pintam não pagam o preço de por exemplo de 8 horas que o Gui precisaria ficar.

E o que fazer???

No trabalho do meu companheiro as funcionárias tem direito à um auxílio creche, mas ele não. Ora, ele tem um filho que está sendo cuidado pela companheira, ele também precisa desse auxílio creche. Seria muito mais fácil voltar a trabalhar mesmo com um salário rebaixado se houvesse essa ajuda. Estaria pelo menos inserida no mercado de trabalho.

E foi isso, falei um pouco sobre isso. Fiquei mega suada, tremia toda só para soltar meia dúzia de palavras. Eu ainda tentei me inscrever novamente para intervir sobre a violência obstétrica mas eu não ia conseguir. Agora na próxima vez vou me concentrar para não passar vergonha.



Gui como sempre tocou o zaralho no debate! 

quinta-feira, 28 de março de 2013

#forafeliciano

O assunto que tem bombado ultimamente nas redes sociais é o FORA FELICIANO.

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara NÃO pode ser presidida por uma pessoa RACISTA, HOMOFÓBICA, MACHISTA... e sim por uma pessoa que de fato represente todas as diversidades e as minorias. 

O Pastor Feliciano tem um histórico que bate de frente com qualquer reivindicação das minorias. Declarações racistas, homofóbicas e machistas em seu micro blog (twitter), vídeos dele 'pregando' a palavra da religião que ele representa com declarações absurdas. Além de responder por estelionato, suspeito de rebecer cerca de 13 mil merréis para realizar cultos religiosos e não comparecer...

A Comissão de Direitos Humanos é um lugar para se lutar contra os preconceitos e as minorias. 

E O PASTOR FELICIANO NÃO REPRESENTA ESSA LUTA!!!!!

E também não representa o Gui


E não sei se vocês estão sabendo que é a deputada cotata para substituí-lo... Antônia Lúcia do PSC/AC que está sendo investigada pela justiça por caixa dois, compra de votos e abuso de poder ecoômico.

O bagulho tá doido!!!

Ah e lembrando que tem sorteio aqui no blog heim! Clique aqui para participar. 

segunda-feira, 18 de março de 2013

o domingo rendeu...

Meu domingo começou bem... acordei cedo e fui encontrar uma amiga-vizinha para irmos juntas ao encontro do ISHTAR-RJ. Muito papo bom no busão quando dentro do túnel Santa Bárbara um carro todo serelepe-pimpão ultrapassa o ônibus que estávamos numa velocidade digna de fórmula 1 E dá uma de Ah lelek lek lek lek... girando girando girando prum lado, girando girando girando pro outro... e o motorista do busão começou a freiar sinistramente e eu pensei: Phudeu, vai bater!!!!!!!!

Não, apenas um susto. Paramos longe do carro que minha gente, não parava quieto. Imaginamos que tivesse rolado um capotamento, mas não aconteceu nada de grave. Infelizmente ficamos parados por um bom tempo dentro do túnel, e aquilo foi aguniando o povo. Um calor tomou conta do lugar e todos  ficamos suados e xexelentos. Algumas pessoas preocupadas com o horário pois iam trabalhar e nós com o encontro do Ishtar hahahahahah #cadaumcomseusproblemas

Assim que o trânsito normalizou e meus batimentos cardíacos também, néam #quesustoeulevei saímos do túnel e fomos rumo ao encontro.

Como sempre foi maravilhoso. Pra mim, é libertador cada vez que eu participo de encontros desse. Falar do meu parto me dói. Ainda mais sobre a episiotomia que fizeram em mim sem a mínima necessidade (assunto para outra postagem que ainda não tive coragem de publicar). Dói e muito, acho que a ferida nunca vai sarar, mas o que eu vivenciei, serve de estatística para que as próximas múlheres que estão na busca de informação e conhecimento do seu próprio corpo, escolhas saiba o que não pode de jeito nenhum acontecer. O tema de ontem foi sobre o plano de parto que nada mais é um planejamento do que você deseja na hora do seu pré-parto-pós. Logicamente você estando com uma equipe confiável, caso contrário, vai rolar zilhões de coisas que você não deseja. Infelizmente é assim que acontece no Brasil, a nossa realidade obstétrica é uma vergonha, uma falta de respeito absurda com o protagonismo da mulher.

Pois bem, enquanto estava lá o Gui ficou com o papai. Cheguei em casa e ele tarado para mamicar.

Dei mamico e capotamos na cama e dormimos até 17h. Passei 2 horas num bode, numa preguiça. Aff

Definitivamente não posso ter sonecas vespertinas.

Após a preguiça ter saído desse meu corpitcho, fomos ao shopping pois eu que pareço boa mãe, esqueço todo dia de comprar o resto do material escolar do Gui. E a professora com muita phyneza pediu para eu acelerar pois queria começar alguns trabalhinhos. Então, domingão no xópis para terminar o final de semana.

Ao colocarmos os pés fora do prédio........... um dilúvio!! Pobre é phoda, se tivessemos carro, o carro estava molhado hahahahahhaha

Conseguimos achar o que faltava na livraria da Saraiva e enquanto eu estava na fila, o Gui ficou com o papai, cada um entretido com sua leitura.




Ele aproveitou bastante. Sempre que dá tempo fico com ele nessas livrarias que tem espaço para leitura infantil, ele se amarra e fica doido com a quantidade de livros.